segunda-feira, 13 de abril de 2009

Exibido 1º protótipo de estufa lunar para cultivar vegetais

O "Oasis Lunar" é uma estufa que lembra um pequeno sino tubular, sustentada por um tripé de alumínio


(AFP / Terra) Pó desidratado e macarrão em tubo: estes são dois dos itens que compõem o cardápio dos astronautas americanos em suas missões espaciais. Mas as condições das viagens ao espaço melhoraram, e é possível que, em breve, os exploradores do espaço tenham à sua disposição vegetais frescos, um luxo até então restrito aos terráqueos.

A companhia Paragon Space Development Corporation, que se associou à Nasa, agência espacial americana, em experiências com os ônibus espaciais e a Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou um programa de cultivo de flores e alimentos na Lua. O "Oasis Lunar" ("Lunar Oasis") é uma estufa que lembra um pequeno sino tubular, sustentada por um tripé de alumínio. Sua função é fazer crescer plantas na superfície da Lua, onde a força da gravidade é seis vezes menor do que na Terra.

A estufa em miniatura será lançada ao espaço pela Odyssey Moon Ltd, uma empresa privada que investe no desenvolvimento de tecnologias para permitir a vida humana no espaço. O projeto participa de um concurso organizado pelo Google, o "Lunar X Prize", que oferecerá um prêmio de US$ 20 milhões a quem conseguir construir e lançar um robô para a Lua.

Os representantes da Paragon indicaram que serão feitos testes com o "Oasis Lunar" a partir de 2012. Quando for lançada, a estufa em miniatura levarã sementes de Brassica, uma planta crucífera da família das couves de Bruxelas e dos repolhos. Como esta planta é capaz de germinar e florescer em apenas 14 dias, este rápido ciclo é muito prático para uma experiência na Lua.

"Colonizar a Lua ou Marte pode parecer algo muito longe, mas é importante começar a pesquisa agora", disse a presidente da Paragon, Jane Poynter. "A pesquisa e colocar em prática sistemas confiáveis leva tempo", antes da instalação de colônias, acrescentou. A Nasa se comprometeu a enviar astronautas para a Lua até 2020, e para Marte até 2030.

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