(Reuters / JB) O governo Obama determinou uma revisão de alto escalão do programa de voos espaciais tripulados dos Estados Unidos, que vinha focando na volta de astronautas à Lua até 2020, disseram autoridades nesta quinta-feira.
Norm Augustin, ex-executivo-chefe da Lockheed Martin, irá dirigir a comissão encarregada de avaliar os progressos da Nasa na criação de um sistema de transporte que substitua os ônibus espaciais, a serem aposentados em 2010.
- Claramente, se estivermos no caminho errado, devemos mudar, mas se vocês estão me perguntando se eu acho que estamos no caminho errado, a resposta é não - disse Chris Scolese, administrador interino da Nasa, numa entrevista coletiva na qual anunciou o orçamento da agência para o ano fiscal que começa em 1º de outubro, num valor de US$ 18,7 bilhões.
A revisão, a ser concluída até agosto, irá examinar o programa de foguetes Ares e a cápsula Orion, que está sendo projetada para o transporte de astronautas até a Estação Espacial Internacional e a superfície lunar.
Entre as principais empresas envolvidas no projeto estão Boeing, Alliant Techsystems e Pratt & Whitney, que desenvolvem o foguete Ares, e a Lockheed Martin, que desenvolve a nave Orion.
Os ônibus espaciais ainda farão mais oito voos para a montagem de peças na Estação Espacial e a manutenção do telescópio orbital Hubble - este com lançamento marcado para segunda-feira.
A solicitação orçamentária de US$ 3,2 bilhões para as operações dos ônibus espaciais inclui verbas para um voo adicional destinado a instalar e operar na Estação o chamado Espectrômetro Magnético Alfa, um experimento com física de partículas.
Scolese disse que a comissão de revisão também avaliará a prorrogação do apoio da Nasa à Estação para além de 2016, e a possível iniciativa lunar.
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