(Cássio Leandro Dal Ri Barbosa - G1) Eu falei há algum tempo da sonda japonesa Kaguya, que após estudar a Lua em baixa altitude, foi deliberadamente direcionada contra sua superfície.
Não espere um vídeo à la Spielberg, ou George Lucas, a realidade é muito mais simples e silenciosa: a câmera simplesmente fica preta quando a nave atinge a superfície. Aliás, a série de vídeos da Kaguya é sensacional por causa da alta resolução das imagens.
A próxima sonda “condenada” é a LCROSS, sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares. A missão desta sonda é estudar a possibilidade de existência de água em crateras lunares. A ideia é que possa existir água depositada em crateras nos polos da Lua, onde o Sol nunca bate. Com isso, a água trazida por impactos de cometas, por exemplo, deve estar eternamente congelada. Como elas nunca são iluminadas pelo Sol, o gelo não evapora.
Por que procurar por água na Lua? Certamente não por causa das possibilidades de haver vida, mas sim para preparar futuras missões. Missões tripuladas para construir e manter bases permanentes de pesquisa e exploração e soluções para necessidades vitais, tais como água e oxigênio precisam ser pensadas.
E é justamente por isso que várias missões de mapeamento da Lua foram lançadas, mesmo depois de já conhecermos o relevo lunar relativamente bem. E como vamos ficar sabendo se a Lua tem água ou não sem saírmos de casa?
A ideia é simples, apesar de pouco simpática. A sonda LCROSS viaja ainda com o último estágio do foguete Centauro que a lançou. No dia 9 de outubro este pedaço de lixo espacial vai ser arremessado contra a cratera Cabeus A no polo sul. Esta cratera tem um alta concentração de hidrogênio e, já que ele não pode estar na forma congelada ou de gás, as chances de ser água são muito grandes. Além de ter grandes concetrações de hidrogênio, ela foi escolhida por que está permanentemente na sombra, tem o fundo relativamente plano e não possui rochas em seu interior que possam impedir o choque do estágio do foguete diretamente com o fundo da cratera.
Quando o pedaço do Centauro atingir a cratera, deve produzir uma nuvem de destroços que deve conter, entre outras coisas, vapor d’água, se as teorias estiverem corretas. Essa nuvem de poeira e gás será analisada por vários telescópios na Terra e mesmo pelo Hubble, mas a principal fonte de análise será a LCROSS, que deve atravessá-la. Durante essa travessia, a sonda deverá ser capaz de coletar e analisar amostras dos destroços, mandando de volta à Terra a análise química delas. Mas a mesma rota que a colocará em curso da nuvem também fará com que a sonda se espatife depois contra a superfície da Lua.
A contagem regressiva já está em andamento e daqui a menos de um mês poderemos ter a primeira evidência direta de água na Lua!
Não espere um vídeo à la Spielberg, ou George Lucas, a realidade é muito mais simples e silenciosa: a câmera simplesmente fica preta quando a nave atinge a superfície. Aliás, a série de vídeos da Kaguya é sensacional por causa da alta resolução das imagens.
A próxima sonda “condenada” é a LCROSS, sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares. A missão desta sonda é estudar a possibilidade de existência de água em crateras lunares. A ideia é que possa existir água depositada em crateras nos polos da Lua, onde o Sol nunca bate. Com isso, a água trazida por impactos de cometas, por exemplo, deve estar eternamente congelada. Como elas nunca são iluminadas pelo Sol, o gelo não evapora.
Por que procurar por água na Lua? Certamente não por causa das possibilidades de haver vida, mas sim para preparar futuras missões. Missões tripuladas para construir e manter bases permanentes de pesquisa e exploração e soluções para necessidades vitais, tais como água e oxigênio precisam ser pensadas.
E é justamente por isso que várias missões de mapeamento da Lua foram lançadas, mesmo depois de já conhecermos o relevo lunar relativamente bem. E como vamos ficar sabendo se a Lua tem água ou não sem saírmos de casa?
A ideia é simples, apesar de pouco simpática. A sonda LCROSS viaja ainda com o último estágio do foguete Centauro que a lançou. No dia 9 de outubro este pedaço de lixo espacial vai ser arremessado contra a cratera Cabeus A no polo sul. Esta cratera tem um alta concentração de hidrogênio e, já que ele não pode estar na forma congelada ou de gás, as chances de ser água são muito grandes. Além de ter grandes concetrações de hidrogênio, ela foi escolhida por que está permanentemente na sombra, tem o fundo relativamente plano e não possui rochas em seu interior que possam impedir o choque do estágio do foguete diretamente com o fundo da cratera.
Quando o pedaço do Centauro atingir a cratera, deve produzir uma nuvem de destroços que deve conter, entre outras coisas, vapor d’água, se as teorias estiverem corretas. Essa nuvem de poeira e gás será analisada por vários telescópios na Terra e mesmo pelo Hubble, mas a principal fonte de análise será a LCROSS, que deve atravessá-la. Durante essa travessia, a sonda deverá ser capaz de coletar e analisar amostras dos destroços, mandando de volta à Terra a análise química delas. Mas a mesma rota que a colocará em curso da nuvem também fará com que a sonda se espatife depois contra a superfície da Lua.
A contagem regressiva já está em andamento e daqui a menos de um mês poderemos ter a primeira evidência direta de água na Lua!
Nenhum comentário:
Postar um comentário