quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Energia Cósmica Registrada na Lua


(LPOD / Cienctec) Joel Raupe, parece ter sido uma das primeiras pessoas a notar uma publicação feita pelos membros da sonda chinesa Chang E-1 sobre a abundância de He-3 na Lua. O Hélio-3 é um isótopo estável do Hélio criado por fusão dentro do Sol. Nos últimos bilhões de anos, o He-3 tem sido depositado no regolito lunar pelo vento solar. O He-3 tem sido de grande interesse, principalmente para os escritores de ficção científica e para os sonhadores como um combustível que poderia ser produzido pela fusão com o deutério e fornecer toda a energia que os seres humanos precisam na Terra. Porém o He-3 é muito raro na Terra mas a sua abundância na Lua poderia ser a principal razão pela qual os humanos retornariam para a Lua para ficar. E com esse mapa chinês, nós e os chineses agora sabemos onde o He-3 está concentrado. O mapa foi derivado não de medidas diretas mas de uma complexa modelagem que teve início com as emissões de micro ondas térmicas medidas pela Chang E-1. Os cálculos também incluíram a modelagem da variação do vento solar, a retenção de He-3 no regolito, a idade e a abundância de TiO2 no regolito. Misturando tudo isso com as medidas da abundância de He-3 como função do TiO2 nas amostras trazidas pela Apollo e então se tem o mapa acima. As mais altas concentrações de He-3 estão no Mare Tranquilitatis, Fecunditatis, Moscoviense e no Oceanus Procellarum. O fato das lavas da Serenidade e do Imbrium serem difíceis de serem observadas é devido a falta de uma grande quantidade de TiO2. Esse ainda é um mapa bem bruto e mostra o que acontece até a 10 metros de profundidade na Lua. É difícil dizer exatamente, mas o local de pouso planejado para a Chang E-2 no Sinus Iridum não é uma região de alta concentração de He-3, isso é surpreendente pois a principal razão pela qual a China começou a explorar a Lua foi exatamente para descobrir os locais de concentração de He-3.

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