
(EPOD / Cienctec) Embora a Lua sempre mostre a mesma face para a Terra, nós nem sempre observamos a mesma quantidade de superfície lunar. Claro, as fases lunares mudam de uma noite para a outra, mas é outro fenômeno, o da libração que também tem papel fundamental nessas diferenças que observamos. Esse efeito pode ser exemplificado nessas imagens. Tanto a imagem da esquerda (feita em 30 de Setembro de 2010) como a imagem da direita (feita em 15 de Outubro de 2010) estão iluminadas de forma equivalente. Em 30 de Setembro de 2010 a Lua estava em sua fase minguante no local de observação, enquanto que no dia 15 de Outubro de 2010, ela estava em sua fase crescente no local de observação. Com essas imagens complementares era de se esperar que pudéssemos unir as duas imagens para montar um painel da Lua completo. Mas é possível notar nessas imagens que essa união entre as duas imagens é impossível, pois as duas imagens não mostram exatamente as mesmas crateras e feições no seu terminador. O efeito responsável por esse desajuste é chamado de Libração Diurna, esse fenômeno acontece devido a pequena oscilação diária causada pela rotação da Terra. À medida que a Terra gira sobre seu próprio eixo, um observador na superfície da Terra é carregado para um lado e então para o outro lado da linha imaginária que conecta o centro da Terra com o centro da Lua. Isso nos permite observar um pouco mais da superfície lunar do que se a Terra não girasse em seu eixo. Na verdade podemos observar 59% da superfície lunar desde a Terra, devido ao efeito da libração. As fotos aqui reproduzidas e que ilustram esse fenômeno foram obtidas em Chiclana de la Frontera na Espanha.
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