terça-feira, 5 de abril de 2011

O Polimento Gerado Pelo Material Ejetado Que Forma as Crateras Secundárias da Lua


(LROC / Cienctec) Típicas regiões montanhosas da paisagem lunar são altamente marcadas por crateras e as crateras que assinam a superfície fornecem um registro da história de impactos que determinada área passou. A imagem acima destaca o efeito de material ejetado de forma descontínua (que acaba por formar crateras secundárias) na superfície da Lua. Quando o material é escavado durante o impacto, boa parte do material é depositada muito perto da cratera - geralmente a uma distância equivalente ao diâmetro da cratera. Esse material é chamado de cobertura de ejeção contínua. Contudo, a maior parte dos impactos são tão energéticos que o material ejetado é depositado não somente próximo da cratera mas também em locais bem distantes. Esse material ejetado depositado a grandes distâncias é parte da cobertura de ejeção descontínua e é responsável por formar cadeias de crateras secundárias, aglomerados e raios. A energia erosiva das crateras secundárias é bem alta - na imagem aberta é possível ver que o material ejetado se esfrega na parede e no anel da cratera deixando ranhuras para trás.


Olhando para a imagem LROC NAC como um todo, as cadeias de crateras secundárias seguem as ranhuras em direção a nordeste. Como as cadeias de crateras secundárias e as correntes representam a direção da qual a ejeção veio, os cientistas podem usar essas feições para tentar determinar qual o impacto foi responsável por elas. As cadeias de crateras secundárias tendem de sudoeste para nordeste, determinado pela observação da direção da maior parte das feições identificadas na imagem da câmera NAC da sonda LRO. Além disso, essas crateras secundárias provavelmente se originaram de sudoeste pois muitas das crateras dentro das cadeias possuem a forma de lágrima derramada. Olhando ao redor da região no mosaico da câmera WAC da sonda LRO pode-se notar a presença de muitas possibilidades para a fonte do impacto. Embora não esteja mostrado no mosaico da câmera WAC acima, pode-se provavelmente determinar a Bacia Orientale como a fonte dessas crateras secundárias pois o material ejetado deve ter a tendência de oeste para leste e isso não acontece. Contudo a cratera Byrgius A, uma cratera de idade copérnica (e ainda tem seus raios visíveis) e que se localiza para sudoeste da área mostrada nessa imagem talvez seja a fonte das crateras secundárias que dão o polimento à imagem feita pela câmera NAC da sonda LRO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário