sábado, 9 de abril de 2011
Um Novo Olhar Sobre as Crateras Concêntricas na Lua
(LPOD / Cienctec) As Crateras Concêntricas, ou CC, são feições menores da Lua que têm sido ignoradas pelo menos por uns 30 anos. Mas agora alguns cientistas examinaram novamente essas feições. David Trang da University of Hawaii, e seus colegas Jeff Gillis-Davis, Ray Hawke e Ben Bussey, publicaram e apresentaram recentemente um trabalho na Lunar & Planetary Science Conference, onde eles descrevem que encontraram 14 mais CCs do que numa lista prévia feita a 30 anos atrás, usando para isso dados das sondas Clementine, Kaguya e LRO para distinguir e confirmar as feições identificadas. Quase que a totalidade dos pesquisadores atualmente concordam que a cratera principal é uma cratera pequena de impacto, normal e a questão é se o anel interno ou torus se forma em associação com esse impacto ou é resultado de alguma modificação endogênica (Endogênica é uma palavra que significa que algo foi criado internamente ao invés de criado por forças externas). O grupo de David encontrou evidências contra a hipótese de que o torus seja formado por um duplo impacto simultâneo dentro do alvo acamadado, por vulcanismo ou por relaxamento viscoso. Eles notaram que a distribuição das CC ao longo das bordas dos mares é bem similar a das crateras de interior fraturado. Como, acredita-se que as Crateras de Interior Fraturado sejam crateras de impacto modificadas por intrusões ignêas, eles propuseram, sem detalhes, que essas intrusões podem também modificar o interior das CCs. Isso é consistente com a evidência de que as CCs têm uma assinatura espectral virtualmente idêntica à do material localizado além do anel da cratera, implicando que não aconteceu pelo menos nesse ponto, extrusões vulcânicas. David mostrou isso com a cratera CC Firmicus C de 14 km de diâmetro, como um sugestivo exemplo de que material vulcânico possa estar associado com a CC mas na sua maioria não é visível. A pequena mancha escura no torus parece ser piroclásticos escavados pela pequena cratera de impacto. Será interessante acompanhar o trabalho desses pesquisadores e ver se eles conseguirão encontrar esse mesmo tipo de feição em outras CCs e se eles podem desenvolver uma explicação sobre como uma intrusão criaria a morfologia da CC.
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