quarta-feira, 22 de junho de 2011
Nasa apresenta imagem mais completa da Lua
(Efe / Terra) A Agência Espacial Americana (Nasa) apresentou nesta terça-feira a imagem mais completa feita até agora da Lua, graças aos dados transmitidos pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO).
Com os 192 terabytes de dados coletados pelos sete instrumentos que compõem a sonda, a LRO configurou a imagem mais precisa do satélite natural da Terra. Como curiosidade, a Nasa explicou que essa quantidade de informação equivale a cerca de 41 mil DVDs. "Esta é uma grande conquista", garantiu Douglas Cooke, diretor-adjunto do Diretório de Missões de Sistemas de Prospecção (ESMD) da Nasa em entrevista coletiva em Washington.
A sonda LRO foi lançada ao espaço em junho de 2009 e, desde que começou a enviar suas primeiras imagens, mostrou a face oculta da Lua, desenhando um mapa completo de suas crateras. "E isso foi só o começo", assegurou Cooke. O objetivo principal da missão era buscar possíveis locais para o pouso de naves tripuladas que pudessem viajar no futuro e permitir uma prospecção "segura" e "efetiva" da Lua, mas a missão "mudou nossa compreensão científica", disse Michael Wargo, cientista-chefe de pesquisas da Lua do ESMD.
O Altímetro Laser do Orbitador Lunar (LOLA) realizou mais de 4 bilhões de medições, cem vezes mais que todos os dados enviados até agora por todos artefatos empregados pela Nasa para investigar a Lua, e que abrem "um mundo de possibilidades" para o futuro da ciência. Outro instrumento, a Câmera do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LROC), revelou imagens detalhadas de quase 5,7 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Lua durante a fase de prospecção. A nitidez das imagens transmitidas permite distinguir detalhes nunca antes vistos.
"Com esta resolução, o LRO facilmente poderia detectar uma mesa de piquenique na Lua", disse o cientista do projeto Richard Vondrak, do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa em Greenbelt, Maryland. Os dados apresentados nesta terça-feira representam a fase de prospecção da missão, mas ainda restam dois anos de pesquisa. "Mais dois anos de maravilhas científicas estão por vir", prometeu Vondrak.
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