sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Descobertas Casuais na Lua
















(LPOD/Cienctec) Se você um dia gastar um tempo pesquisando no site da sonda LRO Quick Map (http://target.lroc.asu.edu/da/qmap.html) você pode procurar por material derretido por impacto, mas também uma série de feições interessantes podem ser encontradas. Na parte superior esquerda está um par de estranhas crateras com a cratera de 42 km de largura Van Gent abaixo e a Van Gent X acima. Esse é um caso peculiar, mas não único na Lua, onde uma cratera degradada recebeu um nome onde uma cratera próxima e mais preservada recebeu somente uma letra. A parede reta que separa as duas crateras é típica de uma formação que surge em impactos simultâneos, mas não parece ser o caso aqui, a X tem empurrado o anel da Van Gent além de ser muito mais nova. E o que dizer sobre esse material derretido por impacto no interior da cratera sem nome abaixo e a direita da Van Gent? De onde ele veio? Outra feição interessante na parte superior direita está a cratera Kirkwood, com aproximadamente 67 km de diâmetro com um interior suave. No centro existe uma pequena colina brilhante envolta por uma onda em forma de domo, e uma segunda feição desse tipo, mais fraca pode ser vista à esquerda. Domos e ondas dômicas são raras no lado escuro da Lua devido a pobreza de mares, mas esse parece ser um fenômeno verdadeiramente vulcânico. Outra feição interessante aparece na parte inferior esquerda, é uma cratera muito jovem, a cratera Giordano Bruno que tem sua idade estimada em um milhão de anos. Ela é tão brilhante que satura os sensores da câmera WAC da sonda LRO. Imagens da câmera NAC do seu interior (imagem inferior direita com um campo de visão com 1.6 km de largura) revelam outros tipos de material derretido por impacto. Mais dramático ainda são os fluxos massivos na superfície. Esses fluxos parecem com os fluxos de lava encontrados na Terra, formados quando um material viscoso dobra sobre si mesmo enquanto se movimenta. No ponto mais baixo do interior da cratera pode-se ver um material derretido mais suave e mais fluido que criou um grande reservatório. Provavelmente a equipe da sonda LRO já descreveu esses fluxos impressionantes da cratera Giordano Bruno em algum lugar, mas as outras feições podem não ter sido descritas até agora e agora está registrada na bela descrição feita por Chuck Wood do site LPOD. Se você gastar um tempo olhando para o mosaico do lado escuro da Lua poderá ver coisas que até hoje não foram descobertas e nem descritas.

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