segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O que se esconde nas sombras da lua?


(MSN/Hypescience) Algumas das áreas mais intrigantes da lua são também as mais difíceis de ver. Esses pontos, chamados de regiões com sombras permanentes, estão sempre escuros e não refletem luz, o que impede os telescópios e satélites de capturar imagens.

Mas agora, pesquisadores estão usando métodos indiretos para enxergar essas áreas, que podem ser abundantes em água congelada.

As regiões com sombras estão localizadas nos polos e em profundas crateras. Para conseguir uma imagem, os cientistas usam luz refletida em átomos de hidrogênio que flutuam no universo. Essa luminosidade é chamada de emissões Lyman-alfa e está em comprimentos de onda baixos.

“Ao invés de usar a luz do sol refletida, partimos para uma alternativa indireta”, comenta o coautor do estudo, Kurt Retherford. “Nossa luz reflete nos átomos de hidrogênio que estão espalhados pelo sistema solar”.

O mapeamento lunar com esse tipo de luz revelou que as regiões de sombras se mostram mais escuras do que as outras partes da lua.

“Nossa melhor explicação para essa diferença é que a superfície nas regiões polares é mais porosa e macia”, afirma Retherford.

Os cientistas imaginam que a presença de água seja responsável por essas características.
Pequenas partículas de água congelada se movendo para dentro e fora podem provocar os buracos, o que dá a textura porosa.

Estudos anteriores descobriram que a terra nas latitudes mais baixas da lua, que estão expostas à luz, deve apresentar até 0,5% de água congelada.

O novo estudo acrescenta que nas regiões sem luz, a quantidade de água pode chegar até 2%.
“Você esperaria que tivesse mais nas regiões com sombras permanentes do que fora delas”, comenta Retherford.

O mapeamento está de acordo com as novas descobertas científicas sobre a lua, de que contém pequenas porções de água, ao contrário do pensamento antigo, de ser completamente seca.

“Um dia, quando uma astronauta for até essas regiões, nós poderemos entender isso melhor”, comenta Retherford. “A maioria das medições antigas de água apontam para sua presença muito abaixo da superfície. Mas a água dessas regiões parece ser mais acessível para os astronautas, no futuro”.

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