terça-feira, 27 de março de 2012

Gráfico Mostra a História da Formação de Crateras na Lua



(LPOD/Cienctec) O gráfico acima pode ser considerado um dos diagramas mais importantes da ciência lunar. Esse gráfico é a base para estimar as idades das partes da Lua onde nós não temos amostras físicas. No eixo Y do gráfico está representado o número N de crateras de impacto em áreas onde as sondas Apollo e Luna coletaram amostras. No laboratório foram determinadas foram determinadas as idades dessas amostras e esses dados são mostrados no eixo X. As unidades para o eixo X são fáceis de serem entendidas, idade de formação das rochas em giga anos, ou seja, bilhões de anos. As unidades do eixo Y representam o número acumulativo de crateras igual ou maior a 1 km de diâmetro por quilômetro quadrado. Cientistas de sensoriamento remoto usam as melhores imagens da Lua para contar o número de crateras primárias de impacto em áreas centradas nos locais onde as amostras das missões Apollo e Lua foram coletadas. Normalmente essa contagem de crateras cobre áreas de centenas de quilômetros quadrados com o objetivo de garantir um significado estatístico para o valor de N. Esse gráfico tem sido usado por algumas décadas, mas, por exemplo, os dados da cratera Copernicus não se ajustam a ele, aparentemente também existem muitas crateras subsequentes comparando com a idade assumida de 0.8 Ga com base nas datações feitas nas amostras da Apollo 12do que pode ser um raio da Copernicus. Mas agora Harry Heisinger e seus colegas usaram imagens de alta resolução da sonda LRO para recontar as crateras que se formaram no topo da Copernicus e seu material ejetado, determinando um valor de N (cruz vermelha) que exatamente se ajusta com que era previsto. As outras marcações vermelhas, mostram que os novos valores N determinados para a Tycho e para a cratera a North Ray Crater da Apollo 16 confirmam as estimativas anteriores. O poder desse gráfico é que você pode contar crateras para muitas áreas de interesse geológico na Lua e estender uma linha horizontal dos valores calculados de N no eixo Y para a direita até interceptar a curva. Chegando na curva e descendo até o eixo X você tem então a idade estimada com base nas contagens de crateras calibradas. Os cientistas da missão Kaguya usaram essa técnica quando eles determinaram que existiam lavas com idade de 1.2 Ga no Oceanus Procellarum. Essa figura é também uma história do bombardeio que a Lua sofreu, com a cauda do crescimento sendo responsável pela queda abrupta no valor de N por volta de 3.5 Ga. Ninguém sabe exatamente porque a taxa de formação de crateras se estabilizou com somente uma pequena diminuição de 3.5 para 1 Ga, ou por que mergulhou desde então. Mas existem incertezas consideráveis nessa curva, as amostras lunares foram datadas para determinar as idades para a Nectaris, Copernicus e Tycho, mas não se tem uma evidência certa de que as amostras realmente vieram dessas feições.


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