sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Melhor Visão do Sistema Solar


(LPOD/Cienctec) Você pode observar Marte, Júpiter ou Saturno, esses que são os mais espetaculares planetas que podem aparecer na ocular de um telescópio, e nunca ver nenhuma mudança como pode ser visto em uma noite de observação da Lua. O impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994 geraram impressionantes e rápidas mudanças na atmosfera de Júpiter, e a grande tempestade de Saturno se mostrou de forma espetacular para nós aqui na Terra, desde o final de 2010. Mas esses são eventos observados uma vez na vida e outra na morte, isso se o observador tiver sorte e que ocorrem numa pequena faixa do planeta. Já na Lua as mudanças ocorrem em toda a sua superfície e de forma contínua, essas mudanças se devem ao ângulo de iluminação que muda na Lua aproximadamente meio grau por hora. Observações cuidadosas em apenas dezenas de minutos podem revelar os raios matutinos do Sol se espalhando sobre o interior de uma determinada cratera ou pode-se experimentar o desaparecimento de um anel de uma cratera que pode ficar escondido por até 14 dias. As duas imagens acima foram feitas no Observatório Lunar Vaz Tolentino, no Brasil e mostram como a aparência de uma cratera muda no período de 9 horas, e porque uma única observação nem sempre revela toda a grandiosidade de uma determinada feição que é observada. À esquerda, com o Sol baixo pode-se ver claramente as linhas das crateras secundárias e as cadeias radiais vindo desde a cratera Langrenus. À direita, o Sol mais alto revela o interior da cratera e numa visão mais ampla pode-se ver os raios da cratera. Em alguns momentos os observadores dos séculos passados confundiram as mudanças na aparência da cratera com mudanças físicas. Mas ao invés de se confundir, atualmente é possível observar um corpo celeste, próximo de nós, passando por mudanças constantes devido à mudança na iluminação do astro. Eu gostaria aqui de mais uma vez dar os parabéns ao professor Ricardo Vaz Tolentino, pelo trabalho de excelência que vem sendo executado por seu Observatório Lunar. Parabéns professor. Belo trabalho.

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