terça-feira, 10 de abril de 2012

A Topografia Invertida De Algumas Feições da Lua e Um Jogo de Sete Erros


(LPOD/Cienctec) Na Terra, algumas vezes, a chamada erosão diferencial transforma um vale numa cadeia. Isso também é comum em Marte, onde o interior de um vale é mais resistente à erosão dos que os sedimentos ao redor, que quando erodidos levam à geração de uma cadeia sinuosa. Essa explicação presumidamente não funciona na Lua. Ampliando a imagem obtida pela câmera WAC da sonda LRO abaixo, mostrada acima, mostra feições parecidas com vales invertidos localizadas pouco a leste da cadeia de anéis Lamont. Quando se olha a imagem com atenção, o que pode chamar a atenção a uma primeira vista é a cadeia de interior plano no meio da imagem acima e marcada com o número 40. Se você olhar com atenção as crateras ao redor poderá ver que a iluminação vem de oeste o que leva a constatação de que essa é uma cadeia ao invés de um canal de interior plano. Sua parte terminal sul tem um afastamento abrupto, que acontece com alguns canais. Seguindo a cadeia para norte ela passa sobre uma cadeia de mar e então vira de forma repentina para sudeste onde ela se torna um canal de interior plano. As marcas de mais (+) marcam um lugar onde o interior do canal é 20 metros mais baixo do que o terreno ao redor, com base nas medidas feitas com a ferramenta de altimetria da sonda LRO. Continuando para sudeste a feição inverte novamente e torna-se uma cadeia com 80 metros de altura. Continuando para sul ela se transforma novamente num canal e curva ortogonalmente até cortar através da mesma cadeia que foi escalada no norte. O canal então termina perto do mar no começo do famoso Canal Diamondback. É difícil entender como a cadeia pode ter se transformado num canal. Para confirmar isso e sanar dúvidas sobre o fato disso ser artefato na imagem da câmera WAC, a cadeia localizada perto da marca de 40 metros aparece em várias outras imagens da Lua. Uma cadeia similar mas menos certa está a oeste da marca de 70 m de altura para a cadeia de mar. Um mistério final é a cadeia bem estreita e levemente curvada que cruza o quadrante nordeste da imagem. Medidas feitas com a ferramenta de altimetria da sonda LRO não são satisfatórias pois não confirmam a interpretação de uma cadeia nessa posição. O altímetro diz que esse é um terreno que se inclina para cima de oeste para leste e então fica plano. Isso mais uma vez comprova quantos mistérios ainda podem ser estudados na Lua.



 Para estudar esses mistérios e se tornar uma selenógrafo de respeito, comece com as imagens abaixo. As imagens, mostram a mesma região porém de ponto de vistas diferentes. Tente encontrar as feições comuns nas duas imagens e as feições que aparecem em uma das imagens e não aparecem na outra.



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