segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Europeus querem construir base lunar feita com impressão 3D

Para driblar altos custos, Agência Espacial Europeia quer reaproveitar o material que cobre a superfície da Lua para imprimir uma estação no local


(Wired/Galileu) Não tem jeito, a impressora 3D é a bola da vez. Apesar de já ser uma realidade e fazer parte do noticiário científico, ela ainda não faz parte do cotidiano do cidadão comum – ainda parece algo distante, quase fictício. Pois é, a última notícia relacionada ao tema não ajuda muito nesse aspecto, pelo contrário. A ideia agora é construir (imprimir?) uma base na Lua com material saído de uma impressora 3D.

A ideia surgiu porque construir uma estação em nosso satélite natural seria caro demais. Ficar levando concreto no porta-malas das espaçonaves seria um processo longo e custoso o suficiente para quebrar a cabeça dos cientistas da Agência Espacial Europeia até eles chegarem a conclusão de que a gente devia mesmo era aproveitar o material que já está por lá.

E tem material de sobra. A Lua é toda recoberta por regolito, um tipo de rocha feito de fragmentos e restos de outras pedras, formado principalmente pela mudança radical de temperatura ou pelo choque com meteoritos. Foi a textura fininha do rigolito que permitiu que a pegada de Neil Armostrong ficasse eternizada no solo lunar. A ideia é pegar esse rigolito e utilizá-lo como matéria prima pra impressões 3D, lá na lua mesmo.

O principal desafio desse plano é que imprimir no vácuo não é igual a imprimir no Vale do Silício. Lá em cima é bem mais difícil, já que para fabricar o “concreto lunar” é preciso aplicar um líquido e, uma vez que não há atmosfera, esse líquido se evapora. Câmaras de vácuo têm sido testadas e, aparentemente, a solução é colocar o bocal da impressora embaixo do regolito e a chamada ação capilar (propriedade que faz fluidos subirem ou descerem independente da força da gravidade e do campo magnético) dá conta do recado. A estrutura das paredes deve ser parecida com a das colmeias (foto acima), com buracos espalhados pela estrutura interna, garantindo força e leveza ao mesmo tempo.
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