(LPOD / Cienctec) Por que essa imagem da Lua nos chama a atenção? Não é pelos domos Kies Pi e nem pelo interior da Cratera Capuanus. Uma, pista, é pelos canais, mas quais e por que? Vamos olhar a imagem com um pouco mais de cuidado e entender o porque. Existe aí na imagem o Canal Hesiodus, que atravessa a foto desde a sua base em direção a oeste (topo da imagem) na direção da longa cadeia diagonal que se estica entre as crateras Cichus e Mercator. A cadeia é chamada de Escarpa de Mercator e é frequentemente considerada como sendo uma parte do anel da Bacia Nubium. O Canal Hesiodus continua no lado oeste da escarpa, cruzando a região de Palus Epidemiarum. As imagens das sondas lunares e o novo mosaico LRO-WAC mostra isso (imagem abaixo), de fato, o canal corta a escarpa. Uma questão que pode surgir é, por que esse canal existe? Ele não é concêntrico à Bacia Nubium, como os Canais Harpalus (no canto superior direito) são em relação à Cratera Humorum. Ele é aproximadamente tangente à Bacia Humorum e se estende por centenas de quilômetros para oeste, ficando grosseiramente radial à Bacia Mendel-Rydberg. Algumas dessas relações geométricas para as bacias realmente são importantes? Sim. Como mencionado anteriormente, alguns canais são concêntricos às bacias e isso tem a ver com suas origens devido ao faturamento da borda pela subsidência do centro da bacia. Outros canais parecem ser radiais às bacias – por exemplo, o Canal Sirsalis e outros são radiais à putativa Bacia Procellarum. Canais radiais tendem a ser muito mais próximos de suas bacias do que o Canal Hesiodus é em relação à Bacia M-R, mas nós não temos até o momento outra explicação para o surgimento do canal.
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