sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Camadas Perturbadas na Lua


(LPOD / Cienctec) Muitas paisagens são constituídas de camadas. Materiais que se depositam no topo de algo já existente em um local. Na Terra, normalmente são sedimentos que se depositam um no topo do outro. A Lua gera suas camadas de diferentes maneiras. Por exemplo, fluxos de lava podem se mover horizontalmente e escorregarem pelos taludes, se amontando em camadas. Um material ejetado por um impacto pode cair de volta ao solo lunar ou se espalhar pela paisagem lunar construindo mais camadas. Assim sendo não é surpresa de que a sonda LRO fez recentemente imagens de camadas constituídas por pedaços de rocha com tamanho de 100 metros que rolaram pelo talude e se depositaram no interior da parede da Cratera Aristarchus. Que processo gerou essas camadas? Isso depende onde na parede da cratera forma feitas as imagens detalhadas. Desde a crista do anel até o interior da cratera existe uma grande variedade de materiais. A altura com que o anel se eleva acima da planície ao redor é devido em parte à queda de material ejetado e parte devido ao soerguimento de rochas. Abaixo dessa parte levantada da parede uma seção de terrenos impactados é exposta. E logicamente, toda a parede pode ter sido destruída pelo derretimento causado pelo impacto, gerando detritos que então rolaram pelo talude. Mas esses processos não deveriam gerar camadas coerentes como as vistas nesses blocos. Devido ao fato de muitas camadas estarem visíveis, e pelo fato delas serem muito finas, aproximadamente 5 metros de espessura e também numerosas, é mais provável que essas camadas sejam resultado do fluxo de lava. Um exemplo mais acentuado de acamamento dentro do anel de uma cratera ocorre na Cratera Ryder localizada no lado escuro da Lua e mostrada abaixo.

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