(LPOD / Cienctec) Palus Putrendinus não soa como um lugar onde qualquer pessoa gostaria de passar as férias ou visitar, mas muitos geólogos lunares amariam pousar ali e de fato os astronautas da Apollo 15 realizaram esse verdadeiro desejo geológico. Além de ser uma área desintegrada, essa região é chave para se entender a estrutura da bacia Imbrium e mesmo para entender a evolução da Lua como um todo. A cratera sombreada na parte superior esquerda é a Archimedes, região que mostra também parte das Apennine Mountains – o anel da bacia Imbrium – que cria uma linha diagonal próximo à parte inferior direita. O material de mar suave é a Palus Putredinus e as montanhas de aparência mais velha e menos suave carrega o nome geológico não oficial de Apennine Bench Formation, ou ABF. A partir das amostras coletadas pela tripulação da Apollo 15 e pelos estudos de sensoriamento remoto nós sabemos que a ABF inclui um tipo especial de material chamado de KREEP. KREEP é o nome dado para o material enriquecido em potássio (K), elementos de terras raras (REE) e fósforo, P, e é relativamente raro na Lua – ocorrendo em sua maioria ao redor da Imbrium. Aparentemente o KREEP existiu em grandes profundidades abaixo de onde a bacia Imbrium se formou e foi distribuído no material ejetado da Imbrium e como vulcanismo da ABF. Se tem a hipótese de que a composição do KREEP se formou no final do oceano de magma – um derretimento global ocorrido na Lua no final de sua formação. Como se pode observa o Canal Hadley – aqui parcialmente coberto pelas sombras dos picos dos Apennine – aparece ao redor de um material menos dramático que é descendente direto do antigo oceano de magma que existiu ali a um bilhão de anos atrás.
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