sábado, 23 de abril de 2011
Refinando a Definição das Idades das Lavas Lunares
(LPOD / Cienctec) As idades dos fluxos de lava da Lua são importantes pois essas rochas da superfície fornecem evidências sobre a evolução termal do interior do nosso satélite natural. Com base em datações radiométricas realizadas nas amostras que retornaram da Lua com os astronautas, pôde-se concluir que o vulcanismo lunar ocorreu entre 4.3 e 2.5 bilhões de anos atrás. Mas as amostras da Apollo e da Luna vieram de somente 10 localizações, desse modo existem muitos lugares que permanecem sem amostras e sem uma datação correta. Como já foi visto aqui, contar o número de crateras de impacto tem se tornado uma maneira efetiva para se fazer uma datação na Lua, assim nós podemos contar as crateras e inferir modelos de idades para todas as regiões de mares lunares. Os cientistas japoneses refinaram agora a contagem de crateras usando imagens com resolução de 10 metros da Terrain Camera a bordo da nave Kaguya. A contagem de crateras aconteceu dentro da parte noroeste da Lua onde trabalhos anteriores indicavam que ali se localizava os mares lunares mais novos. Os novos resultados confirmam que as lavas entraram em erupção a oeste da crateras Kepler e a leste da Bessarion (a faixa laranja no mapa à direita) . Essas lavas têm entre 1.5 e 1.6 bilhões de anos, as mais novas da Lua, assim seria esperado que a fonte que gerou essa erupção pudesse ser facilmente identificada, mas não é possível observá-las em uma busca rápida. Outra feição que chama a atenção é a faixa amarela no mapa à direita, no meio do Mare Imbrium. Essa lava com 1.8 bilhões de anos é circundada por lavas mais antigas de 3 bilhões de anos. Fica agora a curiosidade em saber de onde surgiram essas lavas mais jovens, será que de algum anel interno da bacia?
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