(LPOD / Cienctec) Como já foi dito aqui, algumas vezes, imagens feitas com excelentes telescópios da Lua, são realmente surpreendentes. Algumas podem ser pós-processadas para se buscar realçar determinadas feições, mas nunca perdem seu valor. A imensa (acesse o site na fonte para ver ela em tamanho real) e excelente imagem mostrada acima, apresenta inúmeras feições que mereceriam ser descritas, mas alguns detalhes são especialmente relevantes. Primeiro, o material ejetado da Triesnecker, próximo à parte inferior esquerda, é claramente visto cobrindo um segmento de canal ao sul, ou seja, abaixo da cratera. Isso mostra que a Triesnecker é mais jovem que os canais o que é surpreendente pois a lava e os canais a leste, ou seja, a direita da cratera, não são cobertos pelo material ejetado. Se virando agora para o lado oeste do Canal Hyginus, no mínimo 7 das crateras de colapso sem anel que fazem o canal são visíveis. Essas crateras de colapso são similares às crateras de cavidades encontradas no Havaí que se alinham sobre dutos de subsuperfície que conduzem o magma para longe da cratera do Monte Kilauea, papel esse feito pela Cratera Hyginus na Lua. A Hyginus, é provavelmente a maior cratera vulcânica na Lua – por que não existem outras tão grandes? Finalmente, próximo a parte terminal oeste do Canal Ariadaeus está um dos raros exemplos de falhas do tipo cisalhantes encontradas na Lua. É possível notar que o canal tem um abrupto afastamento na horizontal, marcando bem a presença da falha. Para a maior parte das falhas na Lua a crosta se move para baixo.
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