terça-feira, 28 de janeiro de 2014

As fases da Lua: ciência e mito



(Dermeval Carneiro - O Povo) Desde as primeiras séries do ensino fundamental, aprendemos que a Lua é o satélite natural da Terra. Podemos dizer isso sim, mas na verdade a Terra e a Lua formam um sistema binário de corpos celestes, conhecido como o sistema Terra-Lua. Isso porque a Lua não gira em torno do centro da Terra como muitos pensam. Os dois corpos, sistema Terra-Lua, giram em torno de um centro de gravidade comum, conhecido como baricentro, que está situado a aproximadamente 1.700 quilômetros abaixo da superfície da Terra.

Mensalmente, a Lua se aproxima e se afasta da Terra. No ponto mais próximo, chamado de perigeu, a Lua fica a aproximadamente 364.397 quilômetros da Terra. Já no ponto mais afastado, chamado de apogeu, a Lua se encontra a aproximadamente 406.731 quilômetros de nós. O movimento da Lua em torno da Terra dura em média 29 dias e meio, esse período é chamado de lunação, mês lunar ou mês sinódico.

Desde a mais remota antiguidade até os dias atuais, a Lua sempre despertou curiosidade não só dos astrônomos, mas também de culturas primitivas, poetas, músicos e escritores.

Durante os milênios, a Lua sempre foi associada a mitos, histórias e lendas. De certo modo, as crendices associadas aos movimentos, forma e aspectos das fases da Lua formaram a cultura de vários povos. Mas, nos dias atuais, não é admissível pessoas acreditarem que Lua pode influenciar nossas vidas, provendo sucesso, gerando sorte ou azar, ou ainda associar a Lua a histórias de medo e terror.

Um dos mitos mais populares relaciona a Lua cheia com a loucura e licantropia (palavra que vulgarmente usamos como “aparição de lobisomens”). Segundo a crendice, nas noites de Lua cheia, pessoas que foram “amaldiçoadas” transformam-se em lobisomens. Outras que sofrem com distúrbios mentais, ficam mais agitadas e até mesmo violentas, podendo cometer atos de agressão e vandalismo nessa fase da Lua.

Na América do Sul existe esse mesmo tipo de lenda, relacionando a fase da Lua cheia com a transformação de seres humanos em pumas e onças pintadas.

Além desses mitos, existem outras crendices que não tratam de medo e terror. É inadmissível que nos dias atuais pessoas civilizadas acreditem que as fases da Lua influenciam no corte de cabelo, nascimento de bebês, regimes de emagrecimento, dia bom para viajar e outras fábulas.

Várias pesquisas foram feitas por cientistas, inclusive psicólogos e médicos psiquiatras, e chegaram a conclusão de que não há qualquer comprovação científica da influência das fases da Lua nos seres humanos.

Por outro lado, a Lua exerce influência sobre a Terra, pois equilibra seu eixo e atua gravitacionalmente sobre as marés.

A ilustração facilita a compreensão do mecanismo das fases da Lua. Na fase nova, a Lua nasce aproximadamente no mesmo instante do nascer do Sol. Assim, o Sol ilumina a parte oposta da Lua (para um observador na Terra). É o dia em não veremos a Lua.

Cerca de sete dias depois, a Lua nasce depois do Sol e, ao anoitecer, os raios solares iluminam a metade do disco lunar. É o Quarto Crescente.

A posição 3 na figura ocorre uma semana após o quarto crescente. A Lua nasce cerca de 12 horas após o Sol e, ao cair da noite, temos o Sol no poente e a Lua no nascente, com todo o seu disco iluminado. É a Lua Cheia. Note que nessa fase, a Terra fica entre a Lua e o Sol.

Após 7 dias, a Lua nasce na madrugada e, novamente, a metade do seu disco é iluminado, é o quarto minguante.

A Lua sempre despertou curiosidade não só dos astrônomos, mas também de culturas primitivas, poetas, músicos e escritores

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