segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mais Um Mistério Na Lua: Escarpas em Lobos Ou Ejeção de Material Fluidizado

























(LROC/Cienctec) Essa escarpa meandrante registrada pela sonda LRO na Lua seria um exemplo de uma escarpa em forma de lobo ou uma desaceleração imbricada de lobos? Escarpas em lobos representam porções da crosta da Lua que foi falhada, com uma porção cavalgando sobre a outra em um processo que sugere o encolhimento da crosta da Lua. Já a desaceleração imbricada de lobos resulta de um depósito de material fluidizado ejetado pelo impacto, com alguns depósitos cavalgando e passando por outros resultando numa forma similar. A fluidização nesse conceito não deve ser confundida com a fluidização que estamos acostumados ligada à água ou a um líquido qualquer, nesse caso os materiais são totalmente secos. A causa desse tipo fluxo fluidizado ainda é algo desconhecido, mas pode envolver energia acústica dentro do movimento de massa de detritos. Alguma parte dessa energia pode ser suportada por uma superfície abaixo do fluxo de detritos como impactos secundários ou mesmo ajustes tectônicos que mantém o terreno vibrando após o grande impacto que deu início ao fluxo. Se você colocar um pouco de areia na superfície de um tambor enquanto bate nele com os dedos, você verá que o ato de bater no tambor remove toda a fricção e permite que areia comece a fluir livremente. Esse tipo de fluxo as vezes permite que o material viaje grandes distâncias antes de perder energia à medida que encontra taludes muito íngremes para serem escalados. Na Terra isso tem o nome de “sturzstorms”.

Uma complicação nesse caso é a presença de escarpas que estão claramente relacionadas, mas que são opostas em orientação.


























A presença dessa feição dentro do depósito do interior de uma cratera localizada nas terras altas da Lua pode permitir o argumento de que o material ejetado fluidizado é o responsável pois esses fluxos de detritos normalmente são coletados, algumas vezes até mesmo parecendo feições como piscinas, dentro dos locais mais baixos do interior das crateras. O material poderia ter sido tão fluido que mesmo depois que porções do material tenham escalado a parede da cratera e estabilizado, outras porções são capazes de escorregar novamente para criar uma escarpa secundária e reversa.

Indicações adicionais de um fluxo fluidizado de material estão localizadas através de toda região ao redor na imagem de contexto. Contudo, embora, muitas crateras de terras altas estão presentes dentro dessa região da Lua, nenhuma se destaca como sendo a fonte desses depósitos. Conhecer o modo de operação verdadeiro da origem de feições como essa é básico para os objetivos da ciência planetária. Uma equipe propriamente ferramentada de astronautas conduzido medidas sísmicas seria excelente para região da Lua.

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